A FMV indicou que “a morbimortalidade” no país “é muito superior do que diz o Governo, que esconde os números e expõe a população ao risco de contágio com o plano 7 + 7, uma semana de flexibilidade e outra de quarentena radical”.
Desde o início da pandemia de covid-19 no país, em março de 2020, morreram “365 médicos e 166 profissionais de saúde”, indicou.
“Não há camas nos hospitais para atender pacientes” com covid-19, sublinhou o comunicado.
De acordo com os dados oficiais, o país contabilizou 2.226 mortes associadas ao novo coronavírus SARS-CoV-2 e 202.758 casos da doença, desde o início da pandemia.
A organização não-governamental Médicos Unidos da Venezuela (MUV) indicou que, entre março de 2020 e terça-feira, morreram 537 profissionais da área da saúde.
Em 06 de abril, MUV pediu às autoridades venezuelanas para declararem uma "emergência nacional" para proteger os trabalhadores da área da saúde.
A Academia de Medicina e a Academia de Ciências Físicas, Matemáticas e Naturais venezuelanas disseram que o país está “perante uma nova onda epidémica” pelo que “é urgente vacinar” a população contra o novo coronavírus.
A Venezuela recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm e pelo menos 250 mil doses da vacina russa Sputnik V.
Entretanto, Caracas anunciou ter adquirido mais de 11 milhões de vacinas contra a covid-19, através do Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19 (Covax).