As posições opostas entre a Rússia e os Estados Unidos sobre como resolver a crise na Venezuela aumentou após a chegada de militares russos para apoiar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no fim de semana.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, disse num comunicado, divulgada na noite de terça-feira, que a Rússia enviou militares "em estrita concordância" com a Constituição venezuelana e com um acordo bilateral de cooperação militar.
Maria Zakharova não explicou quantos militares foram enviados da Rússia para a Venezuela.
O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse na terça-feira que a presença de quase uma centena de militares russos no país "viola a Constituição".
"Parece que (no Governo, do Presidente Nicolás Maduro), não confiam nos seus militares, porque estão a importá-los, violando a Constituição novamente", disse.
Juan Guaidó falava em Caracas, durante uma sessão parlamentar convocada para analisar a chegada, no fim de semana, de dois aviões russos à Venezuela e um grupo de 99 militares da Rússia, e o pagão que desde segunda-feira afeta o país.
Segundo Juan Guaidó a presença de militares russos no país deveria ser autorizada pelo parlamento venezuelano, o único poder público controlado pela oposição no país.
C/ LUSA