“No que diz respeito à comunidade portuguesa aconselhamos que procurem manter o contacto com o embaixador, caso venha a ser necessário, com o movimento associativo que é uma estrutura de enquadramento importante e que tomem também medidas de segurança e procurem agir com prudência”, disse à Lusa José Luís Carneiro, sublinhando que “as próximas horas serão decisivas no evoluir da situação”.
Adiantou ainda que o governo português está a acompanhar “de perto” o evoluir da situação, sendo para já “prematuro” pronunciar-se, tendo em conta “a escassa informação” que existe.
“É prematuro neste momento pronunciarmo-nos em quaisquer sentidos considerando a escassa informação que existe. Neste momento, os conselhos são de solicitar aos cidadãos que evitem comportamentos imprudentes. Devem ter todo o cuidado e, se possível, evitarem os lugares de maior afluxo e concentração, na medida em que o evoluir da situação pode provocar rave insegurança”, recomendou.
Foram também tomadas medidas de segurança por parte do embaixador relativamente aos consulados gerais de Caracas e Valência e à própria embaixada, tendo sido determinado que os funcionários se devem manter em casa e evitar deslocar-se para os respetivos postos.
O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram “finalmente de vez o passo” para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação” do Governo do Presidente Nicolás Maduro.
"O 01 de maio, o fim definitivo de usurpação começou hoje", disse Guaidó num vídeo publicado na sua conta na rede social Twitter, no qual está acompanhado por um grupo de soldados na base de La Carlota, a leste de Caracas.
O Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou, por seu lado, que está a enfrentar um golpe de Estado, de "um reduzido grupo de militares traidores" que estão a ser neutralizados.
"Informamos o povo da Venezuela que neste momento estamos a enfrentar e desativar um reduzido grupo de militares traidores que se posicionaram no Distribuidor Altamira (leste de Caracas), para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República", anunciou o ministro venezuelano de Comunicação e Informação na sua conta do Twitter.
Segundo Jorge Rodríguez "a esta tentativa" de golpe "uniu-se a ultradireita golpista e assassina, que anunciou a sua agenda violenta desde há meses".
Nos consulados de Caracas e Valência estão inscritos 180 mil portugueses e luso-descendentes.
José Luís Carneiro vai regressar a Portugal para “acompanhar a situação e em função do evoluir tomar as diligências necessárias”.
“Já pré-ativámos os mecanismos de apoio à nossa disposição”, garantiu Augusto Santos Silva em declarações aos jornalistas na China, onde está a acompanhar a visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Recomendando que “tomem as devidas medidas de segurança indispensáveis nesta altura”, Santos Silva adiantou que “os diferentes departamentos do Governo encarregados de providenciar apoio, se necessário, já estão a trabalhar nesse sentido”.
Para tal, adiantou, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que estava em Londres a caminho do Canadá, adiou a viagem “e está a deslocar-se para Lisboa”.
De acordo com o ministro, um dos apoios previstos é ajudar no regresso de portugueses e lusodescendentes que assim o peçam ao Governo.
No entanto, admitiu Santos Silva, o Governo ainda não recebeu nenhum pedido de ajuda.
“Ainda não chegaram pedidos de ajuda por parte de portugueses, mas ainda está a nascer o dia na Venezuela. Há rumores e notícias que não é possível ainda confirmar”, lembrou.
Na Venezuela, a segurança é também a medida a que o Governo está a dar prioridade, tendo o embaixador português determinado ao pessoal da embaixada e dos consulados que se mantenha em casa, acrescentou Santos Silva.
Por outro lado, acrescentou, Portugal está também a contactar com os países parceiros “para ver como se desenvolvem os acontecimentos na Venezuela”.
“O que tem sido sempre orientação da União Europeia e de Portugal é exortar todas as partes a encontrar uma solução pacífica, que possa desbloquear a situação de crise que hoje se vive na Venezuela”, reiterou.
O ministro escusou-se a falar num golpe de Estado na Venezuela, referindo que existe “um movimento militar”, mas que ainda não é possível compreender “a sua verdadeira dimensão”.
O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram “finalmente e de vez o passo” para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação” do Governo do Presidente Nicolás Maduro.
"O 01 de maio, o fim definitivo de usurpação começou hoje", disse Guaidó num vídeo publicado na sua conta na rede social Twitter, no qual está acompanhado por um grupo de soldados na base de La Carlota, a leste de Caracas.
O Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou, por seu lado, que está a enfrentar um golpe de Estado, de "um reduzido grupo de militares traidores" que estão a ser neutralizados.
"Informamos o povo da Venezuela que neste momento estamos a enfrentar e desativar um reduzido grupo de militares traidores que se posicionaram no Distribuidor Altamira (leste de Caracas), para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República", anunciou o ministro venezuelano de Comunicação e Informação na sua conta do Twitter.
LUSA