A embarcação "Yonaili Jose" partiu de Güiria, 660 quilómetros a leste de Caracas, na noite de quarta-feira, com 35 pessoas a bordo, 22 delas do sexo feminino, segundo a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar).
O capitão da embarcação foram os primeiros a serem resgatados pelas autoridades, na zona de Boca de Dragón, um estreito entre a Venezuela e Trinidad e Tobago e das restantes 10 também já salvas, oito estão hospitalizadas.
Segundo a imprensa local, as autoridades venezuelanas estão a investigar se a embarcação estava a ser utilizada para o transporte de pessoas que pretendiam escapar da crise política, económica e social que afeta a Venezuela.
A Organização de Estados Americanos (OEA) lamentou o ocorrido e pediu aos demais países da América do Sul que garantam os direitos dos migrantes.
"As nossas sinceras condolências aos familiares das vítimas do trágico naufrágio de venezuelanos que escapavam da ditadura da Venezuela. Pedimos que sejam garantidos os direitos de todos os migrantes na região", escreveu o secretário-geral da OEA, Luís Almagro, na sua conta na rede social Twitter.
Hoje, a agência da ONU para os refugiados (ACNUR) manifestou a sua preocupação pelo ocorrido.
"Este trágico acidente sublinha os riscos extremos de viajar pelo mar e outros movimentos irregulares, transfronteiriços, empreendidos por refugiados e migrantes. Representa também o desespero dos que são obrigados a fugir dos seus lares e as dificuldades extraordinárias que enfrentam nas suas viagens", disse o porta-voz da ACNUR, Babar Baloch, numa conferência de imprensa em Genebra.
C/ LUSA