O anúncio teve lugar depois de nos últimos dias se registarem confrontos entre as forças de segurança e os grupos criminosos que dispararam desde a parte alta de La Vega contra a entrada do bairro, causando três mortos.
“Os tiroteios são cada vez mais frequentes, praticamente todos os dias. Tememos sair das nossas casas, inclusive para ir trabalhar, porque podemos ser atingidos, porque não temos garantias de segurança”, explicou à agência Lusa um segurança de um dos edifícios do bairro.
Miguel Pereira, 45 anos, explicou ainda que os tiroteios podem ocorrer “a qualquer hora” e que, por isso, têm medo de se aproximar das janelas porque podem ser atingidos por balas perdidas.
Residentes da zona explicaram à agência Lusa, que temem divulgar informação e que os criminosos estariam a oferecer bolsas de alimentos aos residentes no bairro em troca de apoio.
Segundo a imprensa local, no sábado as forças de segurança iniciaram uma operação policial para libertar La Vega dos grupos criminosos, tendo inclusive alguns dos abrigos.
A própria ministra do Interior e Justiça da Venezuela, Carmen Meléndez, referiu-se à operação na rede social Twitter, vincando que os organismos de segurança levaram a cabo um “plano de libertação” do bairro dos grupos ilegais e que “o nobre povo de La Vega merece paz”.
Na operação, em que foram detidas 38 pessoas, participaram funcionários das Forças de Ações Especiais (FAES), da Divisão contra Criminalidade Organizada (DCDO), da Direção de investigações Penais (DIP) e da Direção de Inteligência e Estratégia (DIE) da Guarda Nacional Bolivariana.
No entanto, na última terça-feira, os tiroteios regressaram e os residentes dão conta de novos confrontos entre forças de segurança e criminosos.
Entretanto as autoridades divulgaram as identificações de Chichón, El Dumar, Jhonnitto, Chiky, El Yorby, Gorilin, El Yender, Caraota, El Yohendry, El Jenson, el Tuco, El Enano, Yonahiker, El Howard e Mayeya, este último alegado líder dos grupos criminosos.