“Seguidamente, iremos avançar para a vacinação dos outros serviços essenciais, como tínhamos previsto: profissionais de emergência pré-hospitalar – designadamente bombeiros -, profissionais de serviços essenciais, forças de segurança e, entre eles, titulares de órgãos de soberania. Iniciarão a sua vacinação a partir da semana que vem”, afirmou.
Questionada pelos jornalistas sobre uma eventual ação em relação a membros de direção de alguns lares que receberam doses de vacina sem alegadamente estar em contacto direto com os utentes das instituições, Marta Temido revelou que desta reunião com a ‘taskforce’ serão definidos “mecanismos” de controlo destas situações. Sem falar em eventuais sanções, a ministra preferiu apontar à “censura social” destes casos.
“Foram discutidos mecanismos que irão ser estabelecidos para a avaliação de situações de desvio àquilo que são as regras de vacinação de acordo com os grupos prioritários. Esses mecanismos serão aqueles que nos permitirão garantir que estas situações são evitadas e, acontecendo, são objeto da necessária censura, caso se constate que correspondem a situações de vacinação indevida face à ordenação dos grupos prioritários”, notou.
Em causa está o episódio da última semana da vacinação do presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, que é igualmente presidente da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), responsável pelo lar de idosos onde se registou um surto no verão e que provocou a morte de 18 pessoas, tendo sido por via dessa função que viu o seu nome ser incluído na lista de pessoas a vacinar pela instituição.
Contudo, os autarcas vão também estar envolvidos no lote de titulares de órgãos de soberania a vacinar já na próxima semana, não se restringindo aos cargos mais altos do país, como o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República ou o primeiro-ministro.
C/Lusa