"Podemos informar que atingimos 62% de eficácia com a aplicação de duas doses da vacina (Soberana) 02", um resultado "reconfortante" porque tem em conta as variantes que já circulam no país das Caraíbas, disse o diretor do Instituto de Vacinas Finlay, Vicente Verez, entidade que desenvolveu a vacina, aos meios de comunicação locais.
A OMS exige pelo menos 50% de eficácia para que seja aceite a vacina, acrescentou.
"Dentro de algumas semanas teremos a última palavra sobre a eficácia das três doses, que esperamos serem mais elevadas", afirmou.
Cuba trabalha há 13 meses em cinco vacinas candidatas, duas das quais, Soberana 02 e Abdala, completaram a terceira e última fase de testes.
Os resultados, avaliados por uma comissão independente de especialistas cubanos, serão submetidos à autoridade reguladora para "fazer o pedido oficial de autorização de utilização de emergência" da vacina nas próximas semanas, disse o diretor adjunto do instituto, Yuri Valdez.
"Não temos sido capazes de investir todo o dinheiro e financiamento que o projeto necessitava, e mesmo assim temos resultados de classe mundial", disse o Presidente cubano Miguel, Diaz-Canel.
O anúncio chega numa altura em que a ilha está a ser atinmgida por uma nova vaga de casos. Desde o início da pandemia, registou 166.368 casos, incluindo 1.148 mortes.
As autoridades lançaram uma intervenção de emergência sanitária com as duas vacinas candidatas na capital e em várias províncias em meados de maio.
Mais de 4,3 milhões de doses de Soberana 02 e Abdala foram administradas a partir de 16 de junho. Cerca de 2,1 milhões de pessoas receberam uma dose, quase 1,4 milhões duas doses e quase 794.000 três doses.
O Governo pretende que 70% da população de 11,2 milhões de pessoas sejam vacinadas até agosto, e toda a população até ao final do ano.
Cuba está sob embargo dos EUA desde 1962 e começou a desenvolver os seus próprios medicamentos na década de 1980. Das 13 vacinas do seu programa de imunização, oito são produzidas localmente.
C/Lusa