Segundo a mesma fonte, foi desenvolvido naquela universidade um kit de um teste de saliva ultrassensível, “altamente reprodutível, para a covid-19”.
“O novo teste elimina o desconforto e a pesada logística da colheita de amostras com zaragatoa. Utiliza a robusta tecnologia de RT-PCR existente nos laboratórios nacionais, simplifica a automação dos processos laboratoriais, baixa o custo e facilita a testagem comunitária, em lares, escolas e empresas”, salienta a Universidade.
Segundo os investigadores, a saliva é o principal veículo de transmissão do SARS-COV-2, o que torna a sua colheita de fácil execução no domicílio ou no local de trabalho, sem recurso a profissionais de saúde.
“Numa abordagem inicial os resultados dos testes com saliva mostraram que eram menos sensíveis do que os obtidos com colheitas por zaragatoa nasofaríngea, mas após ajustes no protocolo técnico, confirmou-se que a saliva pode igualmente ser usada na deteção de SARS-CoV-2 sem perda de sensibilidade”, asseguram.
Até agora, a necessidade de treinar e mobilizar profissionais de saúde para a testagem com zaragatoas, bem como os gastos associados a material de proteção individual, limitavam a massificação dos rastreios.
Tais dificuldades são ultrapassadas com o novo teste covid-19 criado em Aveiro, que substitui a colheita efetuada com zaragatoa nasofaríngea por uma colheita de saliva, refere a instituição.
Com a colaboração das unidades hospitalares envolvidas no projeto, “foi validado um novo método de RT-PCR altamente sensível e reprodutível, que permite testar em paralelo um grande número de amostras de saliva a baixo custo”.
Em parceria com a empresa Muroplás, de engenharia de plásticos para o setor médico-hospitalar, foi desenvolvido também um novo kit para a colheita de saliva, que pode ser enviado pelo correio ou outro meio para os laboratórios.
C/Lusa