Em conferência de imprensa, Sílvio Moreira Fernandes considerou que a Universidade da Madeira (UMa) teve um ano letivo “positivo em termos pedagógicos e da oferta formativa, porque atingiu um número máximo de alunos nas licenciaturas, mestrados e doutoramentos até hoje”.
“A Universidade tem crescido consolidadamente nos últimos anos e pretende continuar a crescer”, disse o responsável.
Perspetivando o próximo ano letivo, apontou que vão funcionar 13 cursos técnico superiores profissionais, que contam, até o momento, com 400 candidaturas, e apresenta 21 licenciaturas com 675 vagas, além de mestrados e doutoramentos.
Sílvio Fernandes salientou que “todas as universidades se caracterizam por oferecer cursos adequados ao meio envolvente”, o que na Madeira abrange as áreas das artes e humanidades, enfermagem, medicinas e cursos de ciências sociais.
O reitor destacou a aposta feita na área do turismo, através de cursos técnicos, licenciaturas e mestrados em gestão hoteleira e anunciou que o objetivo é apresentar formação também em áreas estratégicas como o mar e a saúde, estando a ser preparada a apresentação junto da agência de acreditação.
Sobre a formação na área do mar, indicou que deverá acontecer no ano letivo 2024/2025.
Também mencionou que “a UMa não pode deixar de acompanhar a grande procura” nos setores da informática e digital.
Estes passos são necessários para que a UMa possa ter “um espetro de ofertas científicas mais adequado e proporcional a uma universidade em crescimento e que deve marcar a diferença”, argumentou o responsável, considerando que a Madeira tem características próprias.
Sílvio Fernandes ainda falou do reforço das residências universitárias, mencionando estar em processo de reestruturação o imóvel na rua de Santa Maria, ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), e decorre a requalificação do prédio na rua da Carreira.
Quanto à nova residência no Campus da Penteada, anunciou que na passada sexta-feira foi recebida a notícia de que “vai prosseguir até final de 2025. Se tudo correr bem, são mais 200 camas para oferecer a alunos deslocados”.
“Paulatinamente estamos a construir, do ponto de vista das infraestruturas, oferta formativa e da investigação científica, aquilo que são as bases de uma universidade que deve ser moderna e dimensionada para a rede de universidades que Portugal quer oferecer ao país e ao mundo”, declarou o reitor.
Por seu turno, o administrador dos Serviços de Ação Social, Ricardo Gonçalves, indicou que no passado ano letivo, a UMa atribuiu 1.400 bolsas de estudo, num total de 2,2 milhões de euros, tendo os alunos recebido uma média de 155 euros.
Este responsável realçou que a alteração regulamentar que foi anunciada “vai fazer com que os limiares do apoio social seja revisto em alta, com um alargamento de 16,5%, passando dos 9.484 euros para 11.050, o que permitirá uma cobertura maior dos estudantes”.
Também destacou as medidas direcionadas aos trabalhadores estudantes, que vão usufruir de “alguma compensação” e poderão aceder a mecanismos sociais, e anunciou que a aplicação das bolsas de estudos será comunicada de forma automática.
Lusa