“Apelo à Rússia para que acabe imediatamente com as hostilidades, com o alvo indiscriminado de civis e assegure passagens humanitárias seguras”, reagiu Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter.
Expressando em nome da União Europeia (UE) as “mais sinceras condolências às vítimas de ataques bombistas russos na Ucrânia e às suas famílias”, o responsável adiantou que “a história não se deve repetir”.
A posição surge depois de a Rússia ter intensificado hoje a sua ofensiva na Ucrânia, visando Kiev, Kharkiv e cidades portuárias no sul, onde os bombardeamentos causaram pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos.
No sexto dia da invasão russa da Ucrânia, um ataque aéreo sobre a praça central de Kharkiv, cidade de 1,4 milhões de pessoas, perto da fronteira com a Rússia, atingiu a sede da administração regional, disse o governador Oleg Sinegubov num vídeo no Telegram, que mostra a explosão.
Pelo menos 10 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas nessa explosão, de acordo com os serviços de emergência da Ucrânia, que deu conta de um outro ataque, a um edifício residencial, que deixou oito mortos e seis feridos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou "um crime de guerra" em Kharkiv, e sublinhou que a defesa de Kiev é neste momento "a prioridade".
Em Kiev, em torno da qual as forças russas se estão a reunir, um ataque atingiu a torre de televisão durante a tarde, interrompendo a emissão, informou o Ministério do Interior.
A probabilidade de um grande ataque à capital, com três milhões de habitantes, parecia estar a aumentar a cada hora.
Imagens de satélite, divulgadas na segunda-feira à noite pela empresa norte-americana Maxar, mostravam um comboio de 64 quilómetros de centenas de tanques russos e outros veículos a avançar em direção à capital ucraniana.
Ao início da tarde de hoje, os militares russos apelaram aos civis de Kiev que vivem perto de infraestruturas de serviços de segurança ucranianos para evacuarem esses lugares, dizendo que iam atacar para travar "ciberataques contra a Rússia".
Evidenciando o avanço russo, as forças do exército ucraniano concentraram-se a oeste e a norte da capital.
No centro da cidade, os residentes que não fugiram ergueram barricadas e cavaram trincheiras nos últimos dias.
As forças do Presidente russo, Vladimir Putin, intensificaram também a ofensiva a outras cidades do país, incluindo aos portos estratégicos de Odesa e Mariupol, no sul.
A Rússia lançou na quinta-feira passada uma ofensiva militar na Ucrânia, condenada pela generalidade da comunidade internacional.
Lusa