O reitor da Universidade da Madeira, José Carmo, afirmou hoje que o Estado e a região autónoma devem fazer uma "discriminação positiva" para garantir a sustentabilidade da instituição, que tem 2.600 alunos e abriu 635 vagas para 2018-2019.
"Não tenhamos dúvidas: o Governo da República e o Governo Regional têm, de facto, de fazer uma discriminação positiva da Universidade da Madeira", disse José Carmo, numa conferência de imprensa de apresentação do novo ano letivo.
O responsável vincou que é "fundamental" a instituição começar a ter acesso a fundos, pois o número de alunos "é pequeno" e isso "retira ganhos de escala".
A Universidade da Madeira tem, atualmente, cerca de 2.600 alunos, mas, segundo o reitor, o número ideal seria de 4.500 para garantir a sustentabilidade.
"Não vamos tão cedo chegar lá. Não tenhamos ilusões", alertou, sublinhando, no entanto, que a instituição "está a fazer tudo" para atingir esse objetivo, seja ao nível das licenciaturas, dos segundos ciclos, dos cursos técnico-profissionais e dos doutoramentos.
A Universidade da Madeira disponibiliza 20 cursos para o ano letivo 2018-2019, com um total de 635 vagas, mais 42 do que este ano, sendo de assinalar o arranque de uma nova licenciatura, Direção e Gestão Hoteleira, com 30 vagas.
Os cursos com maior número de vagas disponíveis são Engenharia Informática (75), Economia (40) e Estudos de Cultura (39), ao passo que os restantes contam com uma média de 20 vagas.
A instituição, que dispõe de um orçamento de 17 milhões de euros, aumentou, por outro lado, as bolsas de estudo, no âmbito do Programa Erasmus, de 38 para 73.
"O que queremos é poder dar cada vez mais à região", disse José Carmo, vincando que atualmente o impacto da Universidade da Madeira na região autónoma "é tremendo a todos os níveis".
LUSA