"Um terramoto de magnitude 6,3 atingiu o oeste do Afeganistão e ceifou muitas vidas. A União Europeia (UE) manifesta-se totalmente solidária com o povo afegão afetado por este terrível acontecimento. Equipas da UE já chegaram à área do desastre para ajudar", disse Borrell, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
O balanço de vítimas de um dos piores terramotos e das suas consecutivas réplicas, registados no sábado na província de Herat, no oeste do Afeganistão, aumentou hoje para mais de 2.400 mortos e mais de 2.000 feridos, relataram à agência EFE fontes afegãs.
O sismo atingiu especialmente o distrito de Zindah Khan, na província de Herat, onde uma dezena de aldeias foram completamente devastadas, segundo dados das autoridades talibãs, no poder no Afeganistão.
O comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, indicou hoje nas suas redes sociais que os parceiros humanitários da UE estão no terreno em Herat “ajudando e avaliando rapidamente o impacto para responder em conformidade”.
“Continuaremos a apoiar as pessoas no Afeganistão que já enfrentam dificuldades”, acrescentou Lenarcic.
Ainda no sábado, um novo voo humanitário da UE aterrou em Cabul com “1.300 toneladas de bens urgentemente necessários, somando até à data 31 voos”, disse o comissário.
Este é o terceiro terramoto mais mortal desde 1998 no Afeganistão e a pior catástrofe que os talibãs tiveram de enfrentar desde que assumiram o controlo do país, em agosto de 2021, sem acesso ao sistema financeiro e às reservas internacionais.
O país asiático encontra-se entre os mais propensos a desastres naturais, estando localizado na cordilheira do Hindu Kush, local de grande atividade sísmica e ponto comum de origem dos movimentos telúricos na região.
Lusa