“Isto significa que a vida está a regressar a Mykolaiv. É evidente que a frente [de guerra] se moveu, por isso, as pessoas estão a regressar a casa mesmo no inverno”, disse o chefe de gabinete adjunto da presidência, Kyrylo Tymoshenko, durante uma visita à região.
Citado num comunicado da presidência ucraniana, Tymoshenko disse que a ajuda humanitária “é primeiro prestada a cada comunidade desocupada, o que leva de um a dois meses”.
A operação envolve as administrações militares regionais, o governo central, que aprova os fundos, e voluntários e organizações internacionais que distribuem “alimentos, roupa e materiais de construção”, precisou, segundo a agência espanhola EFE.
Tymoshenko referiu a importância do pagamento antecipado das pensões e do reinício da atividade de bancos, farmácias e lojas.
“É também psicologicamente importante que as pessoas possam comprar o que precisam. Por conseguinte, pedimos que lojas, padarias, etc. sejam abertas o mais rapidamente possível”, afirmou.
Alertou também que estão previstos cortes de energia na região de Mykolaiv, cujo calendário deve ser rigorosamente respeitado, devido à difícil situação do sistema energético do país.
A Rússia tem-se concentrado ultimamente em bombardear as estruturas de energia da Ucrânia, o que levou a ONU a alertar que está a ser posta em causa a sobrevivência de milhões de civis.
A ONU alertou também para a possibilidade de esta tática russa provocar uma nova onda de refugiados na Europa.
Até recentemente, a guerra na Ucrânia provocou mais de 14 milhões de deslocados, dos quais 6,5 milhões em território ucraniano e 7,8 milhões de refugiados noutros países europeus.
No início de novembro, as tropas ucranianas libertaram povoações na região de Mykolaiv que tinham sido tomadas pelas forças russas no início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.
Atualmente, apenas a península de Kinburn está sob controlo russo na região.
A cidade portuária de Mykolaiv tinha mais de 480.000 habitantes antes da guerra.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Lusa