O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, alertou hoje que a cidade só será plenamente uma estância turística de saúde quando possuir as condições físicas e materiais, numa alusão à necessidade de um novo hospital.
Paulo Cafôfo, que falava no "II Congresso Internacional de Turismo da Madeira", disse que "a Câmara, o que pode fazer, é criar oportunidades e condições para que os privados desenvolvam esse nicho do mercado turístico que é o da saúde e do bem-estar".
Nesta matéria, o autarca realçou que, para se falar de turismo de saúde, "é preciso que haja equipamentos de saúde e de bem-estar em termos hospitalares que garantam que esses turistas que aqui venham o possam fazer de uma forma segura e de confiança".
"Enquanto não estiverem criadas essas condições não é possível darmos esse passo", disse, lembrando, contudo, que a autarquia está limitada a esse nível e que essa é uma competência do Governo Regional e da Secretaria Regional que tutela o setor da saúde.
Paulo Cafôfo considerou, ainda, que as unidades hoteleiras têm também um papel a desempenhar, designadamente na sua requalificação com valências de saúde, retomando uma vertente do turismo madeirense do século XIX, que era o de instância de cura, designadamente para a tuberculose devido à amenidade do clima.
O Governo Regional candidatou a projeto de interesse comum a construção do novo hospital orçado em 340 milhões de euros.
O autarca, eleito pela coligação "Mudança", aproveitou a ocasião para sublinhar que a Câmara "não desiste das suas competências de qualificação do produto turístico, porque aquilo que o Funchal fizer de bom, com certeza que está a ajudar o destino Madeira a ser mais competitivo em termos internacionais".
Maior promoção cultural e nova sinalética são desafios que a Câmara pretende desenvolver no futuro, depois de cumprida a criação de um posto de turismo do Funchal, do Funchal Card e da aplicação para telemóvel sobre os sítios com interesse turístico.
C/Lusa