O surto de legionella no hospital São Francisco de Xavier, em Lisboa, infetou até ao momento 34 pessoas e provocou dois mortos, mas ainda não está esclarecida a origem do foco de infeção.
A Direção-geral da Saúde explica algumas das principais questões sobre a doença dos legionários.
O que é a doença dos legionários?
É uma forma de pneumonia grave causada por uma bactéria chamada ‘legionella pneumophila’.
Quais os principais sintomas?
A doença inicia-se habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A doença desenvolve-se cerca de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.
Como pode contrair-se?
Através da inalação da bactéria ‘legionella’ presente em aerossóis. Não se transmite por ingestão de água, mas sim pela inalação de aerossóis contaminados com a bactéria. Os aerossóis são constituídos por gotículas de água que contêm as bactérias, geradas pela água corrente de torneiras ou chuveiros, autoclismos ou piscinas/SPA.
Como é diagnosticada?
Pela identificação de sintomas e através de exames laboratoriais. A doença, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.
Onde se encontra a ‘legionella’ e como se desenvolve?
A bactéria pode estar presente em circuitos de água, como chuveiros e torneiras, jacuzzis, banhos turcos, saunas, torres de arrefecimento, fontes ornamentais e equipamentos de humidificação. Também pode ser encontrada em baixas concentrações em ambientes naturais, tais como rios, lagos e solos húmidos. A bactéria pode sobreviver e multiplicar-se a temperaturas entre 25 e 42 graus.
Como se pode reduzir o risco de infeção?
O risco pode ser evitado com um programa de vigilância e manutenção das instalações e equipamentos que utilizem água e que são suscetíveis de poder conter a bactéria ‘legionella’.
LUSA