O ex-chefe de Estado não publicava uma mensagem naquela que era a sua rede social de eleição, desde janeiro de 2021, quando o Twitter suspendeu a conta do político indefinidamente, alguns dias depois do ataque ao Congresso norte-americano, cometido por apoiantes.
Trump publicou a fotografia e escreveu: "Interferência eleitoral. Nunca se render!", juntamente com uma ligação para a sua página na internet.
A conta do ex-chefe de Estado foi restabelecida em novembro, logo depois de Elon Musk ter assumido o controlo da empresa.
A mensagem representa o regresso de Trump àquela que foi durante muito tempo a plataforma de comunicação mais importante, usada para dominar os rivais nas primárias de 2016 e comandar o ciclo de notícias durante anos.
Trump, que pretende recandidatar-se à Casa Branca em 2024, tem 86,5 milhões de seguidores, superando os rivais à nomeação nas primárias republicanas.
Na quinta-feira, o ex-Presidente entregou-se às autoridades do estado da Geórgia, onde é acusado de tentar falsificar os resultados eleitorais de 2020, na quarta acusação criminal que enfrenta.
Trump dirigiu-se à prisão de Fulton, na cidade norte-americana de Atlanta, para tirar as impressões digitais e a referida fotografia, que vai constar no processo judicial.
Esta foi a primeira vez que um ex-Presidente norte-americano tirou uma fotografia em contexto policial, as chamadas ‘mugshot’.
O magnata Republicano foi libertado 20 minutos depois, sob pagamento de uma fiança de 200 mil dólares (185 mil euros).
As condições da fiança proíbem-no de intimidar corréus, testemunhas ou vítimas do caso, inclusive nas redes sociais. O Republicano tem um histórico de atacar os procuradores que lideram os casos contra si, incluindo a procuradora distrital responsável por este caso, Fani Willis.
Esta acusação é o quarto processo criminal contra Trump desde março, quando se tornou o primeiro ex-Presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado.