Apesar de ter anteriormente apoiado o projeto do grupo “Nós Construímos o Muro”, Donald Trump assegurou, numa mensagem publicada na rede social Twitter, nunca ter estado de acordo com a construção naquele local no sul do estado do Texas, que arrancou em maio de 2019.
“Não concordei em fazer esta pequena (minúscula) secção do muro, numa área complicada, por um grupo privado que angariou dinheiro através de anúncios. Só foi feito para me fazer ficar mal, e agora nem sequer funciona. Devia ter sido construída como o resto do muro”, escreveu Trump, após notícias de que a construção exibia sinais de erosão e pode cair no Rio Grande, que separa México e EUA, se não for reparada.
A estrutura foi erguida nas margens do rio, na sequência da recolha de fundos pelo grupo de apoiantes do Presidente, que chegou a angariar cerca de 25 milhões de dólares em doações através da Internet. Entre os elementos ligados ao “Nós Construímos o Muro” figuram Steve Bannon, antigo conselheiro de Donald Trump, e Kris Kobach, igualmente conselheiro político do Presidente americano.
Na campanha para as eleições presidenciais de 2016, Trump fez da construção de um muro com o México uma das suas principais promessas eleitorais. Contudo, o Congresso recusou-se a financiá-lo na sua totalidade, pelo que apenas algumas partes foram construídas.
Até agora, o Governo dos EUA construiu aproximadamente 338 quilómetros de uma vedação de aço – e não um muro de betão – na fronteira, ou seja, apenas 10,6% dos cerca de 3.180 quilómetros da fronteira com o México, sendo que somente 26 quilómetros de obra avançou em áreas sem qualquer tipo de estrutura.
Também este domingo, Donald Trump assegurou através do Twitter que o país terá mais 720 quilómetros de muro construído até ao final de 2020, embora sem avançar detalhes do projeto.
Na mesma mensagem, o Presidente americano reiterou ter “alguns dos melhores números de sempre” a nível da imigração ilegal e acusou o Partido Democrata de querer abrir por completo as fronteiras e permitir a entrada de criminosos.