As tripulações dos voos da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) com destino a Caracas continuam a ficar hospedadas em Curaçao e não na Venezuela, confirmou hoje uma fonte da companhia.
“Quanto a este assunto não há novidades. Mantêm-se as estadias em Curaçao (ilha das Antilhas) por gestão de tripulações”, declarou hoje a fonte da companhia aérea.
A empresa já havia divulgado no início da agosto que as suas tripulações ficavam hospedadas em hotéis em Curaçao nos voos realizados para Caracas.
A fonte da TAP referiu que esta “é uma questão operacional interna em termos de gestão de tripulação", escusando-se a dar mais pormenores.
"Logo que possível, por gestão de tripulações, voltamos a ficar em Caracas", afirmou.
A transportadora aérea nacional tem dois voos semanais para Caracas.
As companhias áreas Delta, Ibéria e Air France, entre outras, suspenderam os seus voos para Caracas durante alguns dias no final de julho e início de agosto, num período próximo às eleições da nova assembleia constituinte venezuelana, que aconteceu a 30 de julho.
A Venezuela tem sido palco de manifestações frequentes contra e a favor do Presidente Nicolas Maduro desde abril, atravessa um período de forte instabilidade política – que foi agravada pelas eleições da assembleia constituinte – e uma grave crise económica.
A oposição venezuelana acusa o Presidente de pretender usar a reforma da Constituição para instaurar no país um regime ao estilo cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
A ex-procuradora-geral da República, destituída do cargo após a eleição da nova assembleia constituinte, fugiu para a Colômbia, onde deverá obter asilo político. Outros diplomatas e juízes têm saído da Venezuela, muitos para o Panamá, com medo das represálias do Governo do Presidente Nicolas Maduro.
Nos confrontos durante as manifestações contra Maduro, mais de 120 pessoas já perderam a vida.
LUSA