O caso remonta a janeiro de 2022, quando três cidadãos russos – dois homens e uma mulher – com idades entre os 26 e 31 anos foram resgatados de um veleiro, o Taeping Uuras, que naufragou ao largo da ilha da Madeira.
A embarcação estava a ser monitorizada pelas autoridades portuguesas, que estimavam o transporte de cerca de uma tonelada de cocaína, no âmbito de uma operação denominada “Tempestade”.
A embarcação naufragou e acabou por afundar-se, devido a condições meteorológicas adversas, e foram apreendidos mais de 160 quilos de cocaína, num total de 50 embalagens, segundo informação da Polícia Judiciária.
Os arguidos aguardaram julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional do Funchal, medida de coação que se mantém até a sentença transitar em julgado (tornar-se definitiva).
A presidente do coletivo de juízes da Instância Central Joana Dias informou que o tribunal decidiu absolver os dois homens pelo crime de tráfico de estupefacientes agravado, condenando-os a prisão efetiva pelo mesmo ilícito mas na forma simples.
Os dois arguidos foram também sentenciados a expulsão do território pelo período de cinco anos.
O tribunal determinou ainda a recolha de amostras de ADN dos dois homens para inserção numa base de dados para fins de identificação criminal.
Quanto à mulher, namorada de um dos arguidos, o tribunal decidiu absolvê-la da prática do crime de que vinha acusada e determinar a sua libertação.
Lusa