“Desde o primeiro confinamento, em março de 2020, cerca de 108 mil pessoas que tinham um contrato de trabalho temporário perderam o seu emprego. Porém, ao longo do resto do ano, tal como confirmam os números do último trimestre, os indicadores de colocações têm subido de forma consistente”, sustenta o presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH), citado num comunicado hoje divulgado.
Segundo Afonso Carvalho, “historicamente, perante uma crise, seja ela qual for, os trabalhadores que têm vínculos mais flexíveis são sempre mais afetados” e “as áreas de atividade que normalmente se socorrem desta tipologia de trabalhadores, como a hotelaria, o turismo ou o setor automóvel, acabam também por ser as mais fustigadas”.
De acordo com os dados do quarto trimestre de 2020 do ‘Barómetro do Trabalho Temporário’ da APESPE-RH e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa), registaram-se quebras de 6.300 colocações em outubro (-16%), 5.000 em novembro (-14%) e 5.500 em dezembro (-15%).