Os quatro sindicatos que convocaram a greve e a manifestação anunciaram as ações de luta em comunicado conjunto, no qual defendem a reversão da privatização dos CTT – Correios de Portugal e um serviço postal universal de qualidade.
No documento, os sindicatos contestam os despedimentos, o encerramento de estações de correio e a sobrecarga de trabalho dos carteiros.
"Os sindicatos subscritores deste comunicado, confrontados com a destruição da Rede Pública Postal e da qualidade de serviço pela CE [Comissão Executiva] dos CTT, decidiram continuar a luta", afirmaram o SNTCT, o Sindetelco, o Sincor e o SINTTAV.
Salientaram, a propósito, os contactos que tiveram com as populações, as reuniões com comissões de utentes e com autarquias, as audições com os grupos parlamentares, as audições nas comissões parlamentares de Trabalho e Economia e as reuniões com a ANACOM e ANMP.
E consideraram que, depois desses contactos, de plenários e de contactos com os trabalhadores do grupo a nível nacional e da greve de dezembro se tornou claro que "os CTT têm que aumentar o número de trabalhadores, de giros e de estações atualmente existentes e não, como anunciaram, fechar estações e despedir trabalhadores".
"Assim, perante o autismo da CE da Empresa, o único caminho é o da exigência da Reversão Total da Privatização dos CTT, existindo já uma petição nesse sentido entregue na AR [Assembleia da República]. O Governo tem que assumir as suas responsabilidades no sentido de salvaguardar a Rede Pública Postal e para que o Serviço Postal Universal volte a ser prestado com qualidade às populações e empresas", defenderam os sindicatos.
No mesmo comunicado, os sindicatos representantes dos trabalhadores do grupo CTT exortam a população a participar na manifestação que vão promover em Lisboa, no dia da greve.
Os CTT confirmaram no dia 2 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação (que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho), decisão que motivou críticas de autarquias e utentes.
A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
LUSA