De acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) Rui Galveias, em declarações à Lusa, o “pedido de reunião urgente ao Ministério da Cultura, por causa do apoio social extraordinário aos artistas, autores, técnicos e outros profissionais da Cultura”, foi decidido no domingo numa reunião entre várias estruturas e enviado hoje de manhã.
O pedido de reunião é feito, além do CENA-STE, pela Associação Portuguesa de Empresários e Artistas de Circo (APEAC), pela Associação Portuguesa de Técnicos de Audiovisual, Cinema e Publicidade (APTA), pela Associação Portuguesa de Realizadores (APR), pela associação Plateia Profissionais das Artes Cénicas, pela Associação para as Artes Performativas em Portugal (Performart), pela Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea (Rede) e pela Ação Cooperativista.
No sábado, estruturas representativas dos trabalhadores da Cultura acusaram o Governo de continuar a “deixar de fora” muitos trabalhadores de apoios anunciados como “universais”, nomeadamente do apoio social extraordinário.
Nesse dia, o CENA-STE partilhou no seu ‘site’ oficial uma “mensagem automática do Governo” recebida por “muitos dos trabalhadores da Cultura que pediram o apoio extraordinário de 438,81 euros anunciado a 14 de janeiro”, na qual são informados que o pedido não foi aceite.
Em 14 de janeiro, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou apoios para o setor, no âmbito das medidas de resposta à crise provocada pelas restrições decretadas no âmbito da pandemia da covid-19, nomeadamente o apoio social extraordinário, no valor de 438,18 euros – referente a um Indexante dos Apoios Sociais (IAS) -, inicialmente comunicado como único e entretanto prolongado para três meses.
Graça Fonseca anunciou o apoio como “universal e atribuível a todos os trabalhadores”.
Desde sábado, vários trabalhadores do setor, entre os quais músicos e atores, partilharam nas redes sociais imagens do ‘email’ que receberam do Ministério da Cultura a informá-los que o pedido de apoio tinha sido recusado.
C/Lusa