O tiroteio ocorreu por volta da 01:00 de hoje, na hora local (23:00 de sexta-feira em Lisboa), à porta de um pub, onde se terão registado as duas mortes, e depois à porta de um clube gay adjacente, o London Pub, no centro da capital norueguesa, que estava lotado.
"A polícia está a investigar o incidente como um ato de terrorismo", afirmou a polícia num comunicado, sem dar mais pormenores.
A marcha do Orgulho LGBT que deveria realizar-se hoje à tarde em Oslo foi cancelada.
A polícia tinha inicialmente dito que estava a investigar a existência de "qualquer ligação" entre o ataque e os eventos organizados para a marcha do Orgulho.
"Tanto quanto podemos ter a certeza nesta fase, só havia uma pessoa [por trás do tiroteio e] está sob o nosso controlo", disse o oficial da polícia Tore Barstad numa conferência de imprensa.
No entanto, o número de polícias foi aumentado na capital para lidar com possíveis novos incidentes.
Um homem foi detido à 01:19 de hoje na hora local (23:19 de sexta-feira em Lisboa). Segundo a rádio NRK, o homem preso era conhecido da polícia e a sua casa foi revistada.
Um vídeo de telemóvel divulgado pelo jornal Verdens Gang (VG) mostra três polícias a imobilizar um homem no terreno.
Segundo a polícia, os civis ajudaram na captura do suspeito, bem como nos primeiros socorros, o que foi saudado como uma "contribuição heroica".
Duas armas foram apreendidas. Uma testemunha entrevistada pela VG falou da utilização de uma arma automática – um facto não confirmado pela polícia – e de "uma cena de guerra".
"Havia muitas pessoas feridas no chão com ferimentos na cabeça", disse a testemunha.
Segundo um jornalista da NRK que estava presente no momento do tiroteio, o atirador chegou com um saco do qual retirou uma arma e disparou.
Nas primeiras horas da manhã, um saco ainda estava colocado no chão no local do tiroteio, em torno do qual trabalhavam especialistas forenses.
A área, que fica perto do tribunal, foi isolada.
"O tiroteio no exterior do London Pub em Oslo ontem à noite é um ataque horrível e profundamente chocante contra pessoas inocentes", comentou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre.
"Ainda não sabemos as razões deste ato terrível, mas aos homossexuais que agora têm medo e estão de luto quero dizer que estamos todos convosco", escreveu no Facebook.
O atirador "parecia muito determinado quanto ao seu objetivo", disse à VG uma mulher que testemunhou a cena.
Segundo a polícia, oito pessoas feridas foram levadas para o hospital e outras seis foram tratadas por um serviço médico de atendimento permanente.
O Hospital Universitário de Oslo disse que 19 pessoas foram feridas, oito das quais ficaram internadas e 11 tratadas pelo serviço médico.
O estado dos feridos não é conhecido de momento.
A Noruega, que é geralmente pacífic, foi palco de ataques sangrentos em 22 de julho de 2011.
Nesse dia, o extremista de direita Anders Behring Breivik matou 77 pessoas num bombardeamento da sede do Governo em Oslo e num tiroteio num comício de jovens trabalhistas na ilha de Utøya.