Em comunicado, o STEPH diz que o departamento de gestão e recursos humanos “está a negar o pagamento das ajudas de custo aos trabalhadores”, que para cumprir a referida formação se viram obrigados a percorrer milhares de quilómetros em viatura própria, “contrariando todas as informações que haviam prestado no início da formação”.
Segundo referiu à Lusa o presidente do sindicato, aos trabalhadores que pediram para ir em viatura própria para a formação, “por questões familiares”, uma vez que era ministrada em dias de folga, e em que essa situação foi autorizada e paga “estão a pedir a devolução das verbas”.
Rui Lázaro explicou ainda que a formação apenas é ministrada em três locais – Lisboa, Porto e Coimbra – e que “os trabalhadores de Chaves, Mogadouro, ou Algarve, por exemplo, como estão longe, e alguns têm filhos, pediram previamente para usar viatura própria e isso foi autorizado”.
“Agora estão a pedir a devolução dos valores", disse o responsável, acrescentando que o sindicato vai igualmente apresentar uma queixa por falsificação de documento, pois foram alteradas as folhas da Casa da Moeda onde os trabalhadores registam esta despesa.
“Os trabalhadores preencheram os quilómetros e há casos em que esses documentos foram adulterados e os valores substituídos por despesa em transporte público”, explicou.
O STEPH considera que “reter honorários dos trabalhadores que dispuseram do seu tempo livre para poderem prestar mais e melhores cuidados aos portugueses é vergonhoso e inqualificável” e diz que vai pedir a intervenção da ministra da Saúde.
“Nos próximos dias será requerido por esta estrutura sindical à Exma. Sra. Ministra da Saúde a sua intervenção no INEM, para que os seus profissionais não continuem a ver subtraídos os seus direitos, numa política de gestão de recursos humanos que, infelizmente e para prejuízo dos portugueses, cada vez mais afasta profissionais do Instituto”, escreve o STEPH.
A agência Lusa pediu esclarecimentos ao INEM, mas até ao momento não recebeu resposta.