Em 2022, foram registados pelas Autoridades Policiais 6,8 mil crimes na Região, representando um aumento de 22,4% face ao ano anterior (5,6 mil).
Os crimes com maior importância relativamente ao total de crimes registados – “crimes contra pessoas” e “crimes contra o património” – apresentaram, em 2022, valores de 2,3 mil e 2,5 mil, respetivamente, representando no seu conjunto 70,5% do total (77,0% em 2021). Comparativamente a 2021, os “crimes contra o património” aumentaram 27,6%, enquanto os “crimes contra pessoas” decresceram 1,3%.
Por município, os resultados indicam que mais de metade dos crimes registados na RAM, em 2022, ocorreram no Funchal (3,6 mil crimes; 52,9% do total), seguido dos municípios de Câmara de Lobos (897 crimes; 13,2%), Santa Cruz (676 crimes; 9,9%) e Machico (485 crimes; 7,1%).
Em 2022, a taxa de criminalidade – que corresponde ao rácio do número de crimes pela população residente (em milhares) – situou-se em 26,9‰, superior à registada em 2021 (22,0‰). Note-se que esta taxa foi substancialmente inferior à média nacional (32,8‰) e ao valor registado na Região Autónoma dos Açores (40,6‰). Na Região, as taxas mais elevadas foram observadas nos “crimes contra o património” (10,0‰) e nos “crimes contra a integridade física” (5,9‰).
Por município, a taxa mais baixa foi observada na Calheta (13,5‰) e a mais elevada no Porto Santo (46,6‰). Para além deste último município, o Funchal (33,8‰) e Câmara de Lobos (27,7‰) apresentaram taxas superiores à média regional.
Em 2022, as autoridades policiais identificaram e registaram 1 018 lesados/ofendidos de crimes de violência doméstica contra o cônjuge (ou análogo) na Região, mais 66 que no ano precedente (952 pessoas). 2015 foi o ano que registou o valor mais alto da série (1 240 pessoas). Cerca de três em cada quatro destes lesados/ofendidos identificados eram mulheres. 678 (66,6%) dos lesados/ofendidos foram identificados no Funchal e 74 (7,3%) na Ribeira Brava.