A Taxa de criminalidade na Madeira aumentou no ano passado, face a 2016. Com base nos dados sobre “Duração Média dos Processos Findos nos Tribunais Judiciais de 1ª Instância por Tipo de Processo”, para os anos de 2015 e 2016, a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) refere que ainda assim a taxa de criminalidade na Região permanece abaixo da média nacional.
“Em 2017, foram registados pelas Autoridades Policiais 6,5 mil crimes na Região, representando um aumento de 6,7% face ao ano anterior (6,1 mil)”.
Ainda de acordo com da DREM, “os crimes com maior importância relativa no total de crimes registados – “crimes contra pessoas” e “crimes contra o património” – representavam em conjunto, em 2017, 74,4%, tendo ambos registado aumentos relativamente a 2016, de 0,2% e 18,9%, respetivamente”.
Cerca de metade dos crimes registados Madeira, em 2017, ocorreram no Funchal (3,1 mil crimes, 47,7% do total), seguido dos municípios de Câmara de Lobos (979 crimes, 15,1%), Machico (576 crimes, 8,9%) e Santa Cruz (565 crimes, 8,7%).
No ano passado, a taxa de criminalidade, que corresponde ao rácio do número de crimes pela população residente (em milhares), situou-se em 25,4‰, superior à registada em 2016 (23,8‰). De qualquer modo, aquela taxa foi substancialmente inferior à média nacional (33,2‰) e ao valor registado nos Açores (38,0‰). Na Região, as taxas mais elevadas foram observadas nos “crimes contra o património” (9,0‰) e nos “crimes contra a integridade física” (6,9‰).
Santa Cruz registou a taxa mais baixa (12,7‰), sendo a mais elevada registada na Ribeira Brava (35,1‰). Para além deste município, Funchal (29,5‰), São Vicente (29,3‰), Câmara de Lobos (28,9‰) e Machico (28,4‰) apresentaram rácios superiores à média regional, refere o relatório agora publicado.
Ainda de acordo com a DREM, “em 2016, a duração média dos processos findos nos Tribunais Judiciais de 1ª Instância aumentou em praticamente todos os tipos de processos, à exceção dos tutelares, cuja duração baixou 6 meses. O maior aumento foi observado nos processos laborais (+4 meses). Quanto aos processos mais longos do sistema – os cíveis – a sua duração foi agravada em 1 mês, passando de 30 meses em 2015, para 31 meses em 2016”.
No que diz respeito número de escrituras públicas, em 2017 verificou-se um aumento de 13,7% face ao ano transato, passando de 4,5 mil escrituras em 2016, para 5,1 mil escrituras em 2017, pode ler-se no site da Direção Regional de Estatística da Madeira.