O tema foi dos que mais marcaram a audição de ontem em comissão parlamentar de Antonoaldo Neves que, aos jornalistas, precisou caber ao regulador, em alguns assuntos, poder definir limites e que “cabe ao operador decidir se opera naquele limite ou num limite um pouco abaixo daquele limite”.
“A TAP está confortável com o limite que opera hoje, por acreditar que é a forma mais segura de operar”, referiu Antonoaldo Neves, informando ter pedido, quando chegou à presidência da TAP, uma “avaliação profunda dos limites praticados na Madeira” com as atuais e futuras aeronaves da ilha.
Aos jornalistas, depois da audição de mais de três horas na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o presidente executivo da TAP frisou que quando afirma que “mesmo que os limites sejam alterados, a TAP vai manter” é porque estudou o assunto.
“Terceiros podem chegar a conclusões diferentes da TAP, mas a TAP tem o seu padrão de operação, tem o seu padrão de segurança, que eu revi, junto com os técnicos, e julgamos que estão muito adequados, inclusivamente com base no avião novo – A320 neo- que aterrou recentemente na Madeira, justamente para testar os limites do vento”, indicou.
O CEO da transportadora esclareceu esta tarde, dentro e fora da sala da audição parlamentar, que a TAP “não opera para a Madeira, ou para outro destino, na legislação de serviço público”.
“Nós operamos num ambiente concorrencial. Colocámos mais dois mil voos nas regiões autónomas desde que a empresa foi privatizada. Só na Madeira mais 200 mil assentos por ano”, acrescentou, para argumentar que se quisesse preços altos não tinha aumentado o número de lugares.
Segundo o gestor, a TAP “quer e tem trabalhado para baixar os preços para a Madeira”, e que os valores atuais são mais baixos do que antes da privatização da empresa.
LUSA