Esta posição foi assumida por Fernando Medina em conferência de imprensa, a meio da reunião do Conselho de Ministros, tendo ao seu lado o titular da pasta das Infraestruturas, João Galamba.
“Os valores intrínsecos da TAP não estão postos em causa nem colidem com qualquer avaliação de um Estado de Direito democrático, como é o caso de uma comissão de inquérito a factos que estão delimitados, circunscritos e que justificam essa avaliação no âmbito do parlamento português”, declarou Fernando Medina.
Perante os jornalistas, o titular da pasta das Finanças procurou acentuar a ideia de que as comissões de inquérito “são normais num Estado de Direito democrático”.
“São uma faculdade que a nossa República tem no sentido de fazer uma avaliação mais fina, pelos eleitos representantes diretos dos portugueses, relativamente às matérias que determinam fazer. Por isso, não faço qualquer comentário sobre esse andamento da comissão de inquérito e sobre aquilo que entenda apurar”, advertiu.
Para Fernando Medina, no entanto, “a TAP tem um valor intrínseco que decorre da sua existência enquanto companhia aérea, enquanto elemento gerador de valor a partir do ‘hub’ de Lisboa”.
A seguir, o ministro das Finanças fez uma alusão “aos resultados positivos” financeiros que a companhia registou em 2022, “antecipando aliás as metas constantes no plano de reestruturação, o que demonstra uma capacidade significativa de geração de valor”.
“A TAP tem uma componente de valor que é variável em função de cada candidato, que tem a ver com as sinergias que irão ser geradas ao nível daquilo que possa um adquirente. Tem, depois, uma componente de valor gerado pelas oportunidades em matéria de transição energética”, disse, aqui completando uma explicação antes transmitida pelo ministro João Galamba.