O responsável, que é natural da Madeira e integra o conselho de administração por indicação do Governo da República, fez estas declarações na Assembleia Legislativa, onde foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito à Política de Gestão da TAP em relação à Madeira.
"Situação [na TAP] agora está melhor", afirmou Bernardo Trindade, destacando o aumento da frota e de pilotos como fatores para a normalização das viagens nesta rota, sublinhando ainda a importância da figura do diretor-geral no que toca ao tratamento das "contingências que estão relacionadas com o serviço da companhia".
O responsável vincou, por outro lado, que formalmente não é representante da Madeira no conselho de Administração da TAP, nem isso seria possível, mas indicou que a região autónoma é a "mais falada" nas reuniões daquele órgão.
"E é falada porque merece ser falada", afirmou, realçando que "é a região do país que mais depende da mobilidade para assegurar o seu desenvolvimento".
Bernardo Trindade reafirmou que o preço médio da tarifa para a Madeira é de 101 euros, tal como indicou na mesma comissão de inquérito o presidente da TAP, Antonoaldo Neves, rebatendo assim os dados apresentados pelo PSD, que referem valores na ordem dos 300 euros ida e volta.
O administrador não executivo realçou que a entrada de uma terceira companhia na rota – atualmente os voos regulares são operados pela TAP e easyJet – é "fundamental" para fazer baixar o preço dos bilhetes, que, segundo disse, estão também condicionados pelo subsídio de mobilidade em vigor.
Bernardo Trindade explicou ainda que a TAP disponibiliza atualmente um milhão de lugares para a Madeira, mais 211 mil do que no ano anterior.
Contudo, ao ser confrontado com o facto de a companhia praticar preços 45% superiores aos da easyJet, que disponibiliza dez vezes menos lugares, afirmou que tal se deve uma "estrutura de despesas diferente" entre as duas empresas.
C/Lusa