“Após uma longa maratona negocial, foi possível alcançar um acordo que protege 580 tripulantes do excesso identificado pela TAP”, informou o SNPVAC, numa comunicação aos seus associados, acrescentando que o “número não se encontra fechado, sendo que mais postos de trabalho poderão ser salvos em função da quantidade de tripulantes que aderirem às medidas laborais de adesão voluntária”.
A administração da TAP, o Governo e os sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa levaram a cabo várias reuniões, nas últimas semanas, no sentido de alcançar um acordo de emergência para vigorar até 31 de dezembro de 2024, suspendendo, assim, várias cláusulas do acordo de empresa em vigor até ao momento, no âmbito do plano de reestruturação da companhia aérea, que prevê redução dos postos de trabalho e da massa salarial.
De acordo com o SNPVAC, “o excesso de tripulantes identificado pela TAP na sua proposta inicial incluía 140 Supervisores de Cabine, 428 Chefes de Cabine e 178 CAB, o que dá um total de 746 trabalhadores.
O acordo alcançado com os tripulantes prevê ainda cortes salariais de 25% em 2021, 2022 e 2023, ao passo que em 2024 a redução é de 20%.
No entanto, os cortes na remuneração não afetam salários inferiores a 1.330 euros, exceto em 2021, em que o limite sem redução é de 1.200 euros, acrescidos de seis dias por mês de uma variável retributiva.