Segundo a Comissão de Saúde da China, a capital chinesa registou 13 casos, na segunda-feira, aumentando para 245 o número total de infetados num surto que surpreendeu Pequim, ao fim de dois meses sem diagnosticar novos casos.
As autoridades dão agora o surto como "controlado", após terem testado 2,34 milhões de pessoas, ou mais de 10% da população da cidade, onde foram acionados 480 locais para recolher amostras.
O vice-diretor do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Feng Zijian, afirmou que uma análise à "curva de incidência, composição e origem dos casos", permite concluir que o contágio entre pessoas expostas ao mercado chegou ao "estágio final".
No entanto, Feng esclareceu que se vão continuar a registar algumas infeções, devido aos casos de infetados com exposição direta ao mercado e que levaram o vírus para as respetivas comunidades, embora nesses casos "o nível de transmissão seja muito baixo".
"O surto pode ser controlado porque foi detetado muito cedo e porque as medidas de controlo tiveram um resultado positivo, de modo que a disseminação dentro das comunidades foi efetivamente controlada", apontou, citado pela revista chinesa Caixin.
Mais de cem mil funcionários que fazem entregas ao domicílio, que, juntamente com os taxistas, são considerados grupos suscetíveis de agravar o surto, foram testados, assim como trabalhadores em restaurantes, mercados, mercearias e universidades.
Ao contrário das medidas de confinamento geral, adotadas a nível nacional aquando do primeiro surto na China, em janeiro passado, as autoridades optaram agora por medidas localizadas e parciais em Pequim, abrangendo apenas áreas da cidade consideradas de risco.
A normalidade manteve-se em grande parte da capital chinesa. Espaços comerciais e restaurantes, assim como vários espaços noturnos, permanecem abertos e as ruas movimentadas.
C/Lusa