“Vejo as ‘startups’ como a ponta de lança e o vetor de inovação do mundo empresarial em matérias do digital. As ‘startups’ vão continuar a ser uma aposta clara deste Governo”, alegou.
Durante a sessão de abertura do Startup Capital Summit 2022, que decorre ao longo do dia de hoje em Coimbra, o representante do Governo sublinhou que vão continuar a apoiar as ‘startups’, para que estas sejam “mais uma força de aceleração da transição digital de Portugal”, aproveitando as competências das universidades e o espírito empreendedor dos jovens.
“Convosco construiremos um Portugal mais digital, mais empreendedor, mais transformador, assegurando que a nossa sociedade e a nossa economia prosperam, oferecendo a coesão nacional e o bem-estar de todos nós cidadãos”, acrescentou.
Ao longo da sua intervenção de cerca de 20 minutos, Mário Campolargo apontou que a área do empreendedorismo constitui uma componente estratégica da transformação digital que o Governo pretende promover.
“Quer no âmbito da mudança de perfil da nossa economia, incentivando uma maior diferenciação e incorporação tecnológica e da vertente digital, quer ao nível dos modelos de negócio pensados de base para um contexto digital”, esclareceu.
No seu ponto de vista, a necessidade de transformação do tecido empresarial português passa pela criação de uma cultura "assente em fatores críticos de sucesso” e que “por norma se encontram nas ‘startups’”.
“Estou a falar dos níveis e tipos de investimento, da aposta na inovação, do talento, que é gerador de conhecimento altamente comercializável, da natureza digital dos negócios, da capacidade de nascer global desde o dia 01 e da adoção de modelos de negócio que sejam escaláveis”, concretizou.
Ao longo da sua intervenção, o secretário de Estado destacou o “investimento recorde do Estado” no apoio ao empreendedorismo e às ‘startups’.
“Podia aqui referir o número de 125 milhões [de euros] que vão ser investidos e dedicados a esse ecossistema, mas sempre mais do que o valor investido, o importante é traduzirmos esse investimento em resultados proativos, em impactos no tecido empresarial, em impactos positivos na sociedade”, evidenciou.
Aludiu ainda ao apoio de 90 milhões de euros em vales ou vouchers, que têm por objetivo apoiar as ‘startups’ que "tenham ou queiram desenvolver modelos de negócio digitais e com forte componente verde”.
“Faremos um investimento de 20 milhões de euros, que passa por criar também vales, para que as incubadoras possam investir no seu próprio desenvolvimento, nomeadamente tecnológico, para que possam estar mais atualizadas no seu conhecimento e nas suas capacidades, e para que possam dar um apoio mais concreto às ‘startups’ como modelos de negócio assentes no digital”, disse.
De acordo com Mário Campolargo, estas condições vão permitir às incubadoras e às aceleradoras “apoiar melhor as ‘startups’ incubadas”, especialmente em termos de acolhimento e acompanhamento.
O Startup Capital Summit é "o maior evento nacional de capital de risco, inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia", sendo organizado pela Universidade de Coimbra, em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes.
Reúne mais de mil participantes, 100 oradores e 50 investidores nacionais e internacionais, no Convento São Francisco, em Coimbra, envolvendo mais de 70 painéis, ‘talks’ e ‘pitchs’, em diferentes formatos e espaços.
Conta com o alto patrocínio do Presidente da República e com o apoio do Banco Português de Fomento (BPF), do Fundo Europeu de Investimento (FEI) e do Banco Europeu de Investimento (BEI), tendo ainda como parceiro o jornal Público.
Lusa