No dia em que recebeu a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a região da Renânia-Palatinado (sudoeste da Alemanha), uma das mais afetadas pelas inundações, confirmou a morte de 112 pessoas, num total nacional de 159 vítimas mortais.
Durante a visita, a líder alemã, que classificou a devastação visível na zona como "surreal", prometeu que “o Governo federal e as regiões vão agir em conjunto para restabelecer gradualmente a ordem" nas áreas afetadas.
As autoridades belgas também atualizaram o número de vítimas mortais registadas no país, que são agora 31.
O anterior balanço dava conta de 27 mortos no território belga.
O centro belga de crise informou ainda que "163 cidadãos estão dados como desaparecidos", um aumento em relação aos 103 desaparecidos contabilizados no sábado.
“O perigo já não é iminente nas áreas afetadas. As operações de salvamento terminaram, mas as operações de busca ainda estão em curso em várias áreas”, informou o centro belga de crise.
“O importante trabalho de limpeza e a estimativa dos danos materiais estão agora no centro das preocupações”, disse a mesma fonte.
As autoridades belgas estão a incentivar as pessoas que ainda não conseguiram estabelecer contacto com os seus familiares a informarem a polícia o mais rápido possível.
“Se não teve notícias de um familiar, apelamos que entre em contacto com as unidades locais da polícia que estão a reunir as informações sobre as pessoas desaparecidas”, indicaram as autoridades.
Apesar do nível das águas ter vindo a diminuir nos últimos dias após as inundações, ainda existem áreas em alerta no território belga, como é o caso de Valónia, região francófona no sul da Bélgica.
Nesta região fica a cidade de Pepinster, onde cerca de mil pessoas tiveram de deixar as respetivas casas.
Em Valónia, o nível das águas do rio Mehaigne e dos seus afluentes nas províncias de Liège e de Namur continuam a preocupar as autoridades, que permanecem em estado de alerta.
Cerca de 37 mil casas permanecem sem eletricidade nas províncias de Liège e de Brabante Valão.
Também existem relatos de estradas e de casas que ainda estão submersas em algumas zonas do país.
Além da Bélgica e da Alemanha, as fortes chuvas e as consequentes cheias causaram graves danos materiais nos Países Baixos, no Luxemburgo e na Suíça.