Segundo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, esta é a mais grave catástrofe natural a atingir o país desde o sismo de 1939 em Erzincan, que fez mais de 32 mil vítimas mortais.
O epicentro do primeiro sismo, com uma magnitude de 7,8, localizou-se na Turquia, abalando a região em torno de Gaziantep em plena madrugada, quando a população se encontrava recolhida. O segundo, com uma intensidade de 7,5, também sacudiu o sudeste do país. De acordo com os dados disponíveis, o segundo tremor de terra acima dos sete graus foi localizado em Ekinözü, cerca de 180 quilómetros a norte de Gaziantep e a 230 da fronteira com a Síria.
Na Síria, o tremor de terra atingiu a zona de Darkush, onde as equipas de salvamento estão a ter grandes dificuldades em ter acesso às áreas sinistradas.
Trata-se de um território controlado por rebeldes jihadistas, já devastado por anos de destruição e bombardeamentos. Cidades históricas como Palmira e Alepo sofreram graves danos materiais, incluindo o desmoronamento de uma muralha medieval.
Pelo menos, três mil edifícios ficaram em escombros.
O balanço de vítimas deve agravar-se ao longo do dia e talvez da semana.
A União Europeia, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, a NATO e diversos países europeus a título individual como a Grécia ou a Bulgária já anunciaram o envio de equipas de resgate para ajudar na busca por sobreviventes.
A AFAD coloca o epicentro do primeiro sismo na região de Pazarcık, província de Kahramanmaraş, cerca de 100 quilómetros a norte da fronteira com a Síria.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos registou o abalo mais forte também pelas 04:17 horas da manhã, mas com uma magnitude de 7,8 graus, localizando-o em Nurdağı, cerca de 77 quilómetros a oeste de Gaziantep e 60 a norte da fronteira com a Síria.