A União dos Sindicatos da Região Autónoma da Madeira (USAM) alertou hoje, no Funchal, para o facto de o trabalho precário não ser uma "situação que obrigatoriamente tenha de acontecer" e apelou aos trabalhadores para lutar pelos seus direitos.
"Não é com trabalho precário que se vai combater o desemprego e o apelo que fazemos é para que os trabalhadores venham aos sindicatos denunciar as situações", disse o coordenador da USAM, Adolfo Freitas, após uma arruada na capital madeirense, que terminou em frente à Assembleia Legislativa regional.
Cerca de quatro dezenas de sindicalistas participaram na manifestação, organizada no âmbito das orientações emanadas do último congresso da CGTP-IN, que definiu um conjunto de ações de combate contra o trabalho precário para o período 2016-2020.
"Esta é uma ação de sensibilização e de chamada de atenção, porque o trabalho precário não é uma situação que obrigatoriamente tenha de acontecer", disse Adolfo Freitas, lamentando que o patronato use cada vez mais a precariedade como forma de combater o desemprego.
O sindicalista revelou não dispor de dados oficiais sobre o número de precários na Região Autónoma da Madeira, mas assegurou que ao nível da hotelaria – um dos setores que mais cresceu nos últimos anos – ronda os 60% do total de trabalhadores.
"É inaceitável que, com o crescimento económico que se tem vindo a verificar, cresça mais a precariedade e não faz sentido que empresas novas admitam apenas funcionários em situação precária", realçou Adolfo Freitas, vincado que os trabalhadores têm direitos e devem recorrer aos sindicatos para os ajudar.
LUSA