O presidente do Sindicato de Professores da Madeira (SPM), Francisco Oliveira, deixou hoje elogios ao calendário escolar e críticas na fusão de escolas ao Governo Regional, no arranque oficial do ano escolar.
O responsável começou por revelar o número de docentes que ficaram desempregados, nesta altura, depois do processo de colocação de professores.
"São cerca de mil e os números são equivalentes aos números do ano anterior", declarou na conferência de imprensa sobre a abertura do ano escolar.
"Tinham concorrido cerca de 1.400 professores e com a colocação de 428 está muito próximo dos mil", concluiu.
O arranque do ano letivo na Madeira aconteceu hoje, mas as escolas têm até dia 18 de setembro para poderem abrir os estabelecimentos de ensino, aliás, data escolhida pela maioria das escolas.
O responsável sugeriu que no próximo ano letivo se "faça um concurso interno" para responder às necessidades efetivas das escolas, porque, na verdade, há vagas que existem, mas que não têm sido abertas", na procura da estabilidade em detrimento da precariedade.
Francisco Oliveira elogiou ainda o calendário escolar elaborado pelo governo regional.
"Aqui nós temos de nos congratular por, finalmente, os educadores – que hoje iniciam as suas atividades letivas – poderem fazê-lo com calma porque, este ano, ao contrário do que acontecia, tiveram a possibilidade de preparar as atividades", afirmou.
O SPM deixou ainda uma sugestão ao secretário regional de Educação, Jorge Carvalho, em relação à fusão de escolas que tem acontecido na região devido à fraca taxa de natalidade.
"O SPM não é contra as fusões", afirmou, acrescentando que o sindicato é contra a realização de processos de fusão "precipitados" e defendendo que as fusões "devem obedecer a um processo de auscultação quer das populações, quer das comunidades escolares", de forma "demorada e tranquila".
Francisco Oliveira exemplificou com a fusão da escola do Palheiro Ferreiro e de São Gonçalo, no Funchal, feita este ano, que considerou "inesperada", porque aconteceu fora do processo normal daquele que tinha sido anunciado, já com o ano letivo praticamente no fim", afirmou.
O SPM lamentou ainda que não tenham ainda começado obras em duas escolas – Ribeira Brava e Porto Santo -, ao contrário do que estava previsto.
LUSA