O presidente do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), Francisco Oliveira, contestou hoje junto do secretário regional da Educação a carência de professores nas escolas do arquipélago, afirmando faltarem três dezenas de docentes.
"Apresentámos uma listagem de 31 faltas", declarou, no final de uma reunião com Jorge Carvalho, no Funchal, para apontar as falhas que os sócios do sindicato fizeram chegar àquela estrutura.
O responsável afirmou que por parte da tutela foi comunicado que tal número não corresponderia aos números da secretaria, ressalvando que o número apresentado tem a ver com uma questão de interpretação.
"Nalguns casos as faltas não são aceites pela secretaria porque a secretaria arranja outras soluções que não são as melhores", disse, exemplificando com casos em que escolas com falta de um professor de um determinado grupo e onde a tutela opta por "distribuir a parte letiva de um horário por dois ou três colegas do grupo".
Francisco Oliveira considera que este tipo de solução tem criado problemas aos professores "porque se veem sobrecarregados com trabalho", admitindo ainda que o executivo regional tem debelado o problema com outro tipo de soluções.
"Têm subtraído alguns horários de clubes ou projetos – que também fazem parte dos horários de trabalho dos professores – e essas horas são substituídas por turmas", declarou.
Desde o início do ano letivo, reconheceu, há faltas de professores nas escolas provocadas por diversas situações, mas a decisão de não colocar mais profissionais nas escolas está "claramente condicionada pelos constrangimentos financeiros" do executivo regional.
O responsável referiu-se ainda à greve anunciada hoje pela Federação Nacional dos Professores para 27 de outubro, em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salários, juntando-se assim à paralisação nacional da administração pública.
Apenas no dia 23, indicou o representante, será tomada uma "decisão em assembleia geral".
LUSA