"Estamos aqui para denunciar a Provise, pelas atrocidades que está a fazer aos seus trabalhadores", afirmou Carlos Sequeira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Atividades Diversas (STAD), que convocou a paralisação na Madeira e nos Açores.
A estrutura sindical alega que a empresa é "muito mal gerida" e viola "totalmente os direitos dos trabalhadores", nomeadamente com salários em atraso e imposição de horários de trabalho de 12 horas.
A greve foi marcada para os Açores, onde a empresa está sediada e conta com 500 trabalhadores, e para a Madeira, onde dispõe de 30 funcionários.
"Não temos ainda dados sobre a percentagem de adesão, mas temos conhecimento que há trabalhadores em greve", disse Carlos Sequeira, realçando que as queixas dos trabalhadores são "as mesmas" nas duas regiões autónomas.
O sindicalista vincou que a empresa paga tarde, sempre depois do último dia útil de cada mês, e tem o subsídio de refeição de junho em atraso, bem como horas extraordinárias e feriados desde março.
"Esta é uma situação recorrente, passa-se há muitos anos na Provise. Os sindicatos denunciam, a empresa assusta-se um bocadinho quando há greve e paga, mas um mês ou dois de depois volta a não pagar", disse Carlos Sequeira, sublinhando que todos os meses são feitas queixas na Inspeção Regional do Trabalho nas duas regiões.
C/Lusa