“O SPAC tomou conhecimento, no dia 19 deste mês, do início do envio de emails a convocar os pilotos da TAP SA para reuniões no departamento de Recursos Humanos (RH)”, começa por referir o sindicato num comunicado enviado aos órgãos de comunicação social e que se refere às convocatórias que estão a ser enviadas aos pilotos selecionados para lhes serem propostas medidas de reestruturação, como rescisões por mútuo acordo, ou pré-reformas.
De acordo com o sindicato dos pilotos, desde então, os RH têm enviado convocatórias todos os dias.
“Ao invés de terem informado todos os pilotos de uma só vez, estão a fazê-lo aos poucos, gerando ansiedade, mal-estar e aflição em todos os pilotos”, apontou o SPAC.
Segundo os representantes dos pilotos da TAP, “esta situação configura um cenário muito grave de segurança de voo”, uma vez que aqueles profissionais “estão a voar em condições de grande ‘stress’ laboral e mental, não sabendo se quando chegarem do próximo voo terão uma notificação a convocar para uma reunião onde serão ‘convidados’ a aceitar medidas voluntárias para saída da empresa”.
O sindicato acusou os RH da companhia aérea de “falta de sensibilidade”, que está a causar “grande preocupação”.
“O SPAC repudia veementemente este comportamento por parte da TAP e do seu departamento de RH, que gera pressão psicológica intolerável e um clima laboral de assédio completamente inaceitável”, concluiu.
A segunda fase das medidas voluntárias da TAP, que decorreu entre 11 e 16 de abril, contou com 122 adesões confirmadas, de acordo com uma nota interna enviada aos colaboradores, a que a Lusa teve acesso.
C/Lusa