Segundo Fernando Henriques, do Sitava, o sindicato teve conhecimento, desde que foi pedida a insolvência da Groundforce, há dois anos, de muitas intenções de saída da empresa, assegurando que este plano, a cuja versão preliminar a Lusa teve acesso, é bom para os trabalhadores.
“A procura vai ser muito superior àquilo que é a intenção de redução de quadro de efetivos”, indicou, destacando que, de acordo com o mesmo plano, os créditos laborais da empresa serão pagos na íntegra e rapidamente.
O plenário de hoje foi convocado depois de um abaixo-assinado que circulou na empresa e recolheu quase 400 assinaturas, ainda que o número de trabalhadores presentes no encontro tenha sido bastante inferior.
Uma fonte presente na reunião disse à Lusa que a Comissão de Trabalhadores (CT) não informou os funcionários da Groundforce das consequências do plano e mostrou-se preocupada com as 300 rescisões amigáveis que este prevê.
Disse ainda que era preciso mais “corresponsabilização” dos envolvidos neste processo.
Fernando Henriques, por sua vez, indicou que fez uma intervenção “pedagógica” no plenário, lamentando que haja “desinformação” entre os trabalhadores.
“É um acordo que alterará o acordo da empresa e vai melhorar as condições salariais e de horários da organização dos tempos de trabalho dos trabalhadores”, garantiu.
A versão preliminar do plano de insolvência da Groundforce contempla, entre várias medidas, a rescisão com cerca de 300 trabalhadores num período de dois anos após a homologação, lê-se no documento, a que a Lusa teve acesso.
O documento, que deverá ser votado no final deste mês, segue-se ao acordo para entrada da Menzies Aviation na Groundforce e conta com um "plano de cessação de contratos de trabalho" no qual se justificam estas saídas.
"Tendo em vista assegurar que a SPdH (Groundforce) mantém uma estrutura de pessoal adequada às suas necessidades, a empresa irá promover uma redução de trabalhadores efetivos, mediante a cessação de contratos de trabalho por tempo indeterminado, preferencialmente por mútuo acordo, de aproximadamente 300 trabalhadores", segundo o documento, dos administradores de insolvência.
Lusa