"O objetivo é voltar a falar com a Secretaria Regional da Saúde da Região Autónoma dos Açores (RAA), uma vez que tem um novo responsável, Rui Luís, e vem no seguimento de outros encontros que temos tido com a saúde a nível nacional", explicou, à margem da apresentação do Programa de Intervenção Precoce no Cancro Oral, que decorreu hoje.
A visita começa na quinta-feira, dia 25 de maio, e estende-se até sexta, com reuniões na Secretaria Regional da Saúde açoriana e uma visita ao Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira.
Na sexta-feira, está agendada uma visita ao Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
Desde que o governo de Miguel Albuquerque tomou posse, as duas regiões tiveram uma aproximação que se tem revelado em diversas áreas de atuação, sendo uma delas a saúde.
Por esse motivo, a Madeira quer "consolidar protocolos existentes entre as duas regiões autónomas de forma a potencializar estes mesmos protocolos".
Pedro Ramos reconhece que "os serviços regionais de saúde têm características próprias", mas há áreas onde a Madeira pode contribuir de forma efetiva.
"Nós já temos algumas áreas que estão bem desenvolvidas. Saliento as respostas às situações de exceção que infelizmente tivemos de ganhar alguma notoriedade e alguma responsabilidade acrescida", referiu Pedro Ramos, referindo-se a catástrofes que assolaram a região, caso dos incêndios de agosto de 2016, ou a aluvião de 2010.
No sentido inverso, espera poder receber experiência na resolução de outro tipo de problemas com recursos humanos.
"Os Açores têm algumas especialidades com algumas insuficiências, por exemplo, a ginecologia-obstetrícia por questões de doença de alguns profissionais e nestes casos é necessário um plano B. E esse plano B nós queremos que esteja ao alcance da RAM", ou seja, a troca de profissionais nas áreas em que as regiões mais necessitem.
O secretário regional referiu ainda que há interesse por parte da RAA em formação da área das situações de exceção, até porque "a Madeira é um centro de treino nesta área", para além de levar o programa anual do centro de Simulação Clínica da Madeira no sentido de que, se alguns internos dos Açores quiserem frequentar, a região está aberta à parceria.