“Pretendo, por um lado, ver a situação que me é contada pelo presidente do Governo regional e, por outro, transmitir a confiança à população, que não tem razões para estar preocupada ou sobressaltada. Os elementos disponíveis mostram que não há razões de gravidade que impliquem qualquer saída ou qualquer intranquilidade das pessoas”, afirmou.
Em declarações aos jornalistas à margem do 12.º congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), que hoje termina em Vilamoura, o chefe de Estado confirmou que estará com o líder do Governo regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, e que deverá regressar ainda na noite de domingo a Lisboa.
Questionado sobre se a deslocação à ilha não poderia ser interpretada como um sinal da gravidade da situação, Marcelo Rebelo de Sousa descartou essa leitura.
“Vou lá precisamente com essa preocupação. Não há nada de especialmente grave que justifique uma reação das pessoas que seja de perturbação, intranquilidade pessoal ou coletiva. Aliás, o presidente do governo regional falou comigo, estava muito tranquilo e os especialistas também”, acrescentou.
Cerca de 12.700 sismos foram registados na ilha de São Jorge, no âmbito da crise que se iniciou a 19 de março, mais do dobro de todos os sismos registados no arquipélago em 2021.
A crise sismovulcânica em São Jorge iniciou-se às 16:05 de dia 19, tendo o sismo mais energético ocorrido nesse mesmo dia às 18:41 com uma magnitude de 3,3 na escala de Richter, mas sem provocar danos.
Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.
Lusa