Segundo o portal de notícias independente Sota Vision, um tribunal de Moscovo decidiu que as duas permanecerão presas até outubro, enquanto aguardam julgamento, uma vez que a sua libertação poderia prejudicar a investigação.
A defesa apresentou ao tribunal um exame psicológico que descreve o impacto negativo que a detenção de Berkovich tem no estado de saúde das filhas, bem como o argumento de que as suas obrigações familiares impossibilitam-na de sair do país.
A detenção de ambas foi prolongada no início de março e também em janeiro último.
Em meados de abril, as artistas foram classificadas como extremistas por “justificarem o terrorismo”, ao abrigo do artigo 205º do Código Penal russo.
A Amnistia Internacional (AI) informou em agosto passado que as duas estão detidas desde 05 de maio de 2023 por acusações de terrorismo relacionadas com a sua peça “Finist Yasny Sokol”, que conta a história de várias mulheres que viajaram para a Síria e casaram com membros do Estado Islâmico.
A peça baseia-se na história real de Varvara Karaulova, uma estudante da Universidade de Moscovo que foi condenada a quatro anos e meio de prisão por ter tentado juntar-se ao Estado Islâmico depois de se ter “apaixonado” por um combatente.
Lusa