O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashénkov, afirmou no primeiro relatório militar da manhã que as unidades das forças armadas russas avançaram mais seis quilómetros e capturaram o acantonamento de Urozhayne, na região de Donetsk.
Por seu lado, um grupo de tropas dos separatistas pró-russos da autoproclamada República de Donetsk penetrou quatro quilómetros nas defesas de uma brigada aerotransportada das forças ucranianas e luta pela captura das localidades de Kamionka, Novoselovka Vtoraya e Verkhnetoretskoe.
Em direção a Kurakhova, na região de Donetsk, o avanço durante a noite foi de cinco quilómetros, segundo o ministério russo, o qual asegura que as tropas tomaram o controlo dos acantonamentos de Glavnoe, Trudovskoy, Shakht Chelyuskintsev e Maryinka.
Por sua vez, as unidades da milícia pró-russa da autoproclamada República de Lugansk haviam tomado o controlo das localidades de Kalynovo Papasnoe, Novooleksandrovka, Stepnoe e Boguslavskoe.
A aviação do Exército russo atacou também 137 instalações militares da Ucrânia, disse Konashénkov.
Ali encontravam-se seis centros de comando e controlo e centrais de comunicação, duas instalações de sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, um sistema de mísseis anti-aéreo, oito depósitos de armas e munições de fogetes e artilharia, bem como 101 lugares de estacionamento de equipamento militar.
Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram 14 drones ucranianos, incluindo um Bayraktar TB-2 de fabrico turco, sempre segundo o Ministério da Defesa da Rússia, segundo o qual foram destruídos também nove tanques ucranianos, sete veículos de combate de infantaria e veículos blindados de transporte de pessoal, durante ataques noturnos.
No total, desde o início da chamada “operação militar especial” que a Rússia lançou na Ucrânia no dia 24 de fevereiro, 230 veículos aéreos não tripulados, 181 sistemas de mísseis anti-aéreos, 1.528 tanques e outros carros blindados de combate, 154 lança-foguetes múltiplos, 602 artilharia de campanha e morteiros, bem como 1.312 unidades de veículos militares especiais ucranianos foram destruídos, de acordo com Konashénkov.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa