Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região do país que apresenta um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais elevada, mas este indicador desceu de 1,16 para 1,12 numa semana.
Segundo o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução da curva pandémica hoje divulgado, o valor médio do Rt – que estima o número de casos secundários de Covid-19 resultantes de uma pessoa infetada – é de 1,07 a nível nacional.
O Norte (0,99), os Açores (0,97) e a Madeira (0,76) são as três regiões que apresentam este indicador abaixo do patamar definido de 1, indicam os dados do INSA.
Acima de 1 encontram-se as regiões de Lisboa e Vale do Tejo (1,12), do Algarve (1,09), do Centro (1,05) e do Alentejo (1,05).
No que se refere à incidência acumulada de novos casos de Covid-19 a 14 dias, todas as regiões do continente apresentam uma taxa inferior a 120 casos por cem mil habitantes, mas Lisboa e Vale do Tejo está agora nos 118,8, depois de apresentar um valor de 92,7 na semana anterior.
Já o Norte (59,0), o Centro (39,2), o Alentejo (49,7) e a Madeira (47,2) registam mesmo uma taxa de incidência acumulada a 14 dias abaixo dos 60 casos por cem mil habitantes, refere o relatório, que atribuiu aos Açores um valor de 141,3 neste indicador, o mais elevado de todas as regiões.
O país apresenta uma “taxa de notificação acumulada de 14 dias entre 60 e 119,9 por cem mil habitantes e um Rt superior 1, ou seja, uma taxa de notificação moderada e com tendência crescente”, refere o instituto que acompanha a evolução da pandemia, ao indicar que, a nível europeu, na “mesma situação que Portugal está o Reino Unido”.
Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de Covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para a avaliação continua que do processo de desconfinamento que se iniciou a 15 de março e que está na quarta fase de alívio das restrições.