“A renovação da frota de gestores da TAP, neste momento, é ética e moralmente inaceitável”, lê-se num comentário do presidente do SPAC, a que a Lusa teve acesso.
Para o sindicato, suspender a compra dos carros é “a única resposta possível” para corrigir uma decisão com a qual “ninguém pode concordar”.
A Comissão Executiva da TAP informou hoje, em comunicado, que vai procurar manter a atual frota automóvel pelo período máximo de um ano, por compreender o “sentimento geral dos portugueses”, após polémica sobre carros de luxo.
Em causa está a notícia avançada pela TVI/CNN Portugal e pelo portal Away, na quarta-feira, de que a TAP encomendou uma nova frota de automóveis BMW para a administração e gestores, substituindo os da Peugeot.
O sindicato vincou que esta decisão “é o mínimo” que a TAP podia fazer, notando que a gestão da companhia aérea “não pode fazer de conta que nada se passa”, quando está em causa dinheiro público.
“Estamos a falar de respeito. É disso que se trata neste caso e só pedimos mais respeito pelos trabalhadores da TAP e pelos contribuintes”, concluiu a estrutura sindical.
A TAP defende que a renovação da frota automóvel permite uma poupança de 630 mil euros anuais, justificando que em causa estão 50 viaturas, para o qual foi feito um concurso ao mercado, tendo sido convidadas a participar seis entidades no mercado português.
O caso levou o Presidente da República a apontar à companhia aérea portuguesa “um problema de bom-senso”, defendendo contenção em tempos difíceis.