Na terça-feira não foram registadas quaisquer mortes, pela primeira vez desde 30 de julho do ano passado, mas os valores relativos aos óbitos ocorridos durante o fim de semana, que foi prolongado por causa do feriado de segunda-feira, são recorrentemente mais baixos devido ao atraso no processamento.
Apesar de o número de mortes continuar baixo, o número de infeções ultrapassa as 3.000 há oito dias consecutivos e as hospitalizações também estão a subir, embora ainda sejam reduzidas.
Nos últimos sete dias, entre 27 de maio e hoje, a média diária foi de sete mortes e 3.606 casos, o que corresponde a uma descida de 14,8% no número de mortes, mas uma subida de 34,7% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.
Ainda assim, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse hoje que ainda "não há nada nos dados no momento que implique não prosseguir com a etapa 4" de levantamento das restrições relativas ao coronavírus, cujo início está marcado para 21 de junho.
"Temos que ser muito cautelosos", acrescentou, numa referência ao aumento da taxa de infeções e vincando que é preciso descobriré até que ponto o programa de vacinação oferece proteção, especialmente a idosos e pessoas vulneráveis, contra uma nova vaga de covid-19.
A decisão sobre a manutenção do plano de levantamento do confinamento deverá ser tomada até 14 de junho.
Na Escócia, a chefe do Governo autónomo, Nicola Sturgeon, suspendeu o levantamento de restrições devido ao receio do efeito da variante B1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia, denominada pela Organização Mundial de Saúde por variante Delta.
Embora o programa de vacinação britânico seja um grande sucesso e os dados preliminares mostrem que as vacinas funcionam bem contra a variante Delta, ainda há um grande número de pessoas que não receberam as duas doses ou mesmo uma única dose.
Desde dezembro foram imunizadas 39.585.665 pessoas com uma primeira dose de uma vacina contra a covid-19, o que corresponde a 75,2% da população adulta.
Além disso, 26.073.284 pessoas, ou seja, 49,5% da população adulta, já receberam também a segunda dose.
C/Lusa