"Há sinais positivos de que os riscos de hospitalização e admissão nos cuidados intensivos devido a covid-19 aumentam com a idade, e que em ocupações onde o risco de exposição ao SARS-CoV-2 é potencialmente maior, as pessoas mais velhas também são aquelas com maior risco de complicações graves”, justifica o Comité Conjunto de Vacinação e Imunização [Joint Committee on Vaccination and Immunisation, JCVI].
Assim, quando for concluída a primeira fase com os primeiros nove grupos prioritários, que inclui todas as pessoas com mais de 50 anos e as de menos idade que tenham comorbilidades de alto risco, deverão começar a ser vacinadas as pessoas com idades entre os 40 e 49 anos, depois aquelas com entre 30 e 39 anos e, por fim, entre os 18 e 29 anos.
Sindicatos representativos de polícias e professores mostram-se desapontados por não terem precedência, bem como uma associação de pessoas com asma, mas o presidente do JCVI, Wei Shen Lim, defendeu que é mais simples manter um sistema de prioridade baseado na idade.
"Operacionalmente, sabemos que a idade é uma maneira muito fácil e simples de estruturar um programa de vacinas. (…) Se olharmos para quem está em risco de doença grave, ou seja, de ser hospitalizado ou infelizmente de morrer de covid-19, mesmo dentro de grupos ocupacionais, são as pessoas mais velhas que correm mais risco em comparação com os indivíduos mais jovens”, afirmou hoje, numa conferência de imprensa.
Wei Shen Lim admitiu estar preocupado com a resistência de alguns grupos à vacinação, nomeadamente entre comunidades étnicas.
C/Lusa