"A partir do dia 12 de abril estarão em circulação, e em maior concentração, cerca de 58 mil pessoas, pelo que, ao fim de 14 dias, vamos aferir os impactos desta decisão", declarou Miguel Albuquerque no debate mensal que decorre na Assembleia Legislativa da Madeira, subordinado ao tema da Educação, proposto pelo Governo Regional de coligação PSD/CDS.
O líder do executivo madeirense falava sobre as implicações do reinício, hoje, das aulas presenciais para cerca de 7.000 estudantes do ensino secundário.
Na próxima segunda-feira regressam também ao ensino presencial os 8.700 alunos do 3.ºciclo.
Estes estudantes, do secundário e do 3.ª ciclo, representam 15 mil alunos, num universo de 52 mil existentes na região, que estiveram com aulas à distância desde 11 de janeiro.
Aos deputados, o chefe do governo insular destacou que as autoridades regionais "têm de continuar a gerir a situação [pandémica] de incerteza" e, "com a reabertura de todos os ciclos, é evidente que, quase de certeza, isso terá reflexos no número de casos de covid-19 nas próximas semanas".
Por isso, foram estabelecidos "dois ciclos de incubação para avaliar quais as medidas a tomar ‘a posteriori’" (14 dias), porque esta é "uma situação com algumas imprevisibilidade".
"Vamos continuar a monitorizar, vacinar e a testar toda a comunidade educativa", enfatizou.
O governante salientou que na Madeira "não houve interrupção letiva como aconteceu no continente" e foi "mantida a ligação com as escolas e com os sistemas de aprendizagem" porque foi feita uma aposta, em 2020, na renovação do parque informático das escolas da região e todos os alunos dispõe do equipamento necessário para o ensino à distância.