De acordo com os dados disponíveis em 2020, citados pela associação, cada português consumiu em média 59,9 Kg de peixe.
Em comunicado divulgado por ocasião do Dia Mundial dos Oceanos, a organização ambientalista defendeu que o aumento crescente da procura de proteínas provenientes do mar, juntamente com “práticas de pesca insustentáveis” e os efeitos das alterações climáticas estão a agravar a acidificação dos oceanos.
“Nos últimos 200 anos, o oceano absorveu cerca de 30% do total das emissões de CO2, alterou a produção de carbonato de cálcio nas águas oceânicas, perturbando assim o ciclo carbonato-silicato que causou este fenómeno da diminuição progressiva do pH da água”, lê-se no documento.
Entre as espécies mais afetadas estão o caranguejo, as lagostas, as amêijoas, os mexilhões, as ostras, os ouriços-do-mar, os corais e as lulas.
“A sobrepesca, os métodos de pesca destrutivos e a destruição do habitat são as principais preocupações que precisam de atenção urgente. Se não forem abordadas, essas práticas podem esgotar populações de peixes, perturbar os ecossistemas marinhos e comprometer a subsistência daqueles que dependem da pesca como principal fonte de rendimento”, sustenta a Quercus, ao propor a confeção de pratos com uma dose mais reduzida de peixe e o uso de espécies mais abundantes, mas também o consumo de algas.
“A transição alimentar para a utilização de fontes de proteína à base de plantas é também uma opção de cada vez mais pessoas, havendo ainda um caminho a percorrer de educação alimentar, na valorização da ampla gama de opções nutritivas para pessoas que procuram reduzir o consumo de peixe, assim como outros produtos de origem animal”, afirma a associação.
Lusa